segunda-feira, 12 de março de 2012

Atividade Diagnóstica - 2° Ano

Atividade Diagnóstica – 2° Ano do Ensino Médio – 1° Bimestre
Professor Estevão Armada

Tema: Investigação sobre as trajetórias familiares.
Objetivos: conhecer a origem dos familiares ou pessoas próximas; perceber as trajetórias familiares; perceber a influência da diversidade social no âmbito familiar; identificar motivos dos deslocamentos; avaliar a questão da migração como elemento formador da diversidade; apresentar um recurso de pesquisa social aos alunos.
Critérios de avaliação do aluno: adequação aos objetivos da atividade; comprometimento; capacidade analítica do aluno
Orientações: a atividade deverá ser feita em dupla, ou individualmente, com entrega na data de 30/03.
Procedimentos:
1)      Realização de entrevista com familiares. 2)      Análise dos dados obtidos. 3)      Compartilhamento do resultado final da atividade. 

1°Parte: Questões da entrevista

1.      Identificação do entrevistado (nome, idade, sexo).
2.      Qual seu local de nascimento.
3.      Quais os locais por onde passou?
4.      Você sabia alguma coisa sobre a cidade, Estado ou país de destino?
5.      Você consegue lembrar alguma sensação de quando se mudou para um lugar novo? Descreva.
6.      Quais foram os motivos de deslocamento/mudança?
7.      Há quanto tempo permanece no último lugar de fixação?
8.      Tem vontade de retornar ao lugar de origem? Por quê? 

2° Parte: Análise 

A partir das respostas da entrevista, responda as seguintes perguntas: 

1)      Identifique a condição do seu entrevistado: emigrante, imigrante ou migrante.
2)      A partir da aula 02 (“O estrangeiro”), tente relacionar a respostas do entrevistado com as ideias de Georg Simmel.
3)      Lembrando-se das discussões sobre a diversidade social, comente a possível relação do deslocamento do seu entrevistado com a formação da diversidade.

sexta-feira, 2 de março de 2012

Texto de apoio - Aula 02 - 3° ano do Ensino Médio

Texto de apoio – Disciplina de Sociologia – 3° Ano - Professor: Estevão Armada
Tema: A conquista dos direitos civis, políticos, sociais e humanos no Brasil


A construção da cidadania brasileira: novidade e problemas 

            Depois de discutirmos a perspectiva sociológica sobre o conceito de cidadania, e entendermos um pouco a origem da nossa forma de pensar a cidadania, vamos investigar um pouco o processo de construção da cidadania brasileira.
            Para pensarmos a questão dos direitos e da cidadania no Brasil temos de considerar a história de nossa população e as características das relações sociais e políticas que ocorreram por aqui. 
            No nosso país, historicamente os direitos relacionados a cidadania sofreram uma inversão na ordem de existência, sendo que primeiramente tivemos os direitos sociais, em 1930, e depois os políticos e por fim os civis. Se pararmos para comparar com outros países, o Brasil teve uma seqüência estranha de conquista dos direitos do cidadão. Mas porque será que isso aconteceu?
            Inicialmente podemos explicar essa situação em virtude do passado colonial, que continuou muito presente em nossa sociedade, sendo que temos elementos desse período existentes até os dias de hoje. Na condição colonial, tínhamos uma sociedade escravocrata que não reconhecia os direitos individuais. Outro período histórico importante foi a ditadura que extinguiu os direitos civis e políticos, para manter uma situação de controle sobre a sociedade por parte dos militares.
            Por outro lado, os direitos sociais, ou seja, a questão social sempre foi considerada caso de polícia, caso houvesse muita pressão social com intenção de exigir melhores condições de vida.
            Dessa forma, o momento em que podemos afirmar a existência da cidadania no Brasil foi em 1988, com a promulgação da constituição de 1988, que passou a ser conhecida como “constituição cidadã”. Ela ganhou esse nome, pois foi o primeiro documento legal que garantia os direitos do cidadão. Percebem como o processo de constituição da cidadania no Brasil é algo novo e recente em nossa história. Assim, é importante considerarmos que hoje em dia estamos contribuindo para efetivar a cidadania no país, ou seja, somos sujeitos históricos que podemos efetuar ações de muita importância para as próximas gerações.  

E aí? O que você anda fazendo para contribuir com a construção da cidadania? Pense nisso.

Referências:
TOMAZI, Nelson Dacio. Sociologia para o ensino médio. São Paulo: Saraiva, 2010.
Sociologia: ensino médio / Coordenação Amaury César Moraes. - Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica, 2010.  (Coleção Explorando o Ensino; v. 15).
São Paulo (Estado) Secretaria da Educação. Caderno do professor: sociologia, ensino médio - 3a série, volume 1.  São Paulo: SEE, 2009.




Texto Aula 02 - 2° ano Ensino Médio

Texto de apoio – Disciplina de Sociologia – 2° Ano - Professor: Estevão Armada
Tema: O estrangeiro do ponto de vista sociológico

 A condição do estrangeiro

            Nas primeiras aulas do bimestre nós estudamos a questão da diversidade social, e pudemos notar que ela é extremamente complexa, pois surge de uma variedade imensa de relações entre diversos grupos sociais. A sociologia nos ajudou a perceber que a imensa diversidade social brasileira se origina a partir da colonização portuguesa, da vinda dos negros africanos e com as correntes imigratórias. Diante de tudo isso, vocês já pararam para pensar que todos nós somos descendentes de estrangeiros? Mesmo que você tenha algum antepassado indígena, dificilmente sua descendência é apenas dos índios, pois a influencia dos grupos sociais que vieram de fora do nosso território é muito grande. Nesse sentido, a sociologia pode nos auxiliar mais uma vez a compreender a situação do estrangeiro. Para isso vamos aproveitar as idéias de Georg Simmel, um sociólogo alemão, que analisou a figura do estrangeiro.

            Para Simmel, o estrangeiro é aquele que chega hoje e fica por aqui, não aquele que chega hoje e parte no dia seguinte. O estrangeiro se fixa num grupo espacial particular, mas sua posição é marcada pelo fato de não ter pertencido aquele grupo desde o começo. Daí, ser estrangeiro significa ter uma forma específica de interação, de proximidade, já que ele passa a fazer parte de um novo grupo quando se desloca, e ao mesmo tempo de distancia, pois não pode se integrar totalmente no grupo social do lugar aonde chegou.

            O estrangeiro também possui outras características como a de não sofrer as influências do grupo a que se inseriu após se deslocamento, daí possui certa “objetividade”. Ainda existem outras questões de dificuldade para os estrangeiros, pois em algumas situações eles não são concebidos como indivíduos, mas como estranhos. Em determinadas situações o distanciamento frente aos estrangeiros é de tal maneira que eles passam a ocupar uma posição de bastante desprivilegio na sociedade.

Assim, a partir das idéias de Simmel, é possível perceber que a situação do estrangeiro é carregada de uma tensão, que ocorre devido a essa condição de ser e não ser do grupo. Nesse sentido, todos nós carregamos essa tensão, já que no começo do texto pudemos refletir que possuímos uma forte influência dos imigrantes na nossa identidade.

Referências:
São Paulo (Estado) Secretaria da Educação. Caderno do professor: sociologia, ensino médio - 2a série, volume 1.  São Paulo: SEE, 2009.
SIMMEL, Georg. Sociologia: coleção grandes cientistas sociais. Evaristo de Moraes Filho (org.). São Paulo, Ática, 1983.