quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Músicas da atividade avaliativa do 3° bimestre

Pessoal, aqui estão as músicas que seram utilizadas por vocês para a atividade avaliativa. São cinco músicas que postei as letras aqui. Abraços. Estevão Armada


Trabalhador (Seu Jorge)

Está na luta, no corre-corre, no dia-a-dia

Marmita é fria mas se precisa ir trabalhar

Essa rotina em toda firma começa às sete da manhã

Patrão reclama e manda embora quem atrasar

Trabalhador

Trabalhador brasileiro

Dentista, frentista, polícia, bombeiro

Trabalhador brasileiro

Tem gari por aí que é formado engenheiro

Trabalhador brasileiro

Trabalhador

E sem dinheiro vai dar um jeito

Vai pro serviço

É compromisso, vai ter problema se ele faltar

Salário é pouco, não dá pra nada

Desempregado também não dá

E desse jeito a vida segue sem melhorar

Trabalhador

Trabalhador brasileiro

Garçom, garçonete, jurista, pedreiro

Trabalhador brasileiro

Trabalha igual burro e não ganha dinheiro

Trabalhador brasileiro

Trabalhador



Sossego (Tim Maia)

Ora bolas, não me amole

Com esse papo, de emprego

Não está vendo, não estou nessa

O que eu quero?

Sossego, eu quero sossego

(Refrão)

O que eu quero? Sossego (4x)



Ora bolas, não me amole

Com esse papo, de emprego

Não está vendo, não estou nessa

O que eu quero?

Sossego

(Refrão)

O que eu quero? Sossego


O Vendedor De Bananas (Jorge Ben Jor)

Olha a banana

Olha o bananeiro

Eu trago bananas prá vender

Bananas de todas qualidades

Quem vai querer

Olha banana Nanica

Olha banana Maçã

Olha banana Ouro

Olha banana Prata

Olha a banana da Terra

Figo São Tomé

Olha a banana d'Água

Eu sou um menino

Que precisa de dinheiro

Mas prá ganhar de sol a sol

Eu tenho que ser bananeiro

Pois eu gosto muito

De andar sempre na moda

E pro meu amor puro e belo

Eu gosto de contar

As minhas prosas

Olha a banana

Olha o bananeiro

O mundo é bom comigo até demais

Pois vendendo bananas

Eu pretendo ter o meu cartaz

Pois ninguém diz prá mim

Que eu sou um palha no mundo

Ninguém diz prá mim

Vai trabalhar vagabundo

Olha a banana

Olha o bananeiro

Mãe, mãe, mãe

Eu vendo banana mãe

Mãe, mãe

Mãe mas eu sou honrado mãe

Olha a banana

Olha o bananeiro

Um Dia Eu Chego La (Tim Maia)


Trabalho, trabalho...

No fim do mês

Não vejo um tostão...

Não vejo um tostão, baby

Um tostão

O meu ordenado é pouco

desse jeito eu acabo louco, baby

Mas num faz mal

Um dia eu chego lá

Um dia eu chego lá, baby

Chego lá...

Pedro Pedreiro (Chico Buarque)

Pedro pedreiro penseiro esperando o trem

Manhã parece, carece de esperar também

Para o bem de quem tem bem de quem não tem vintém

Pedro pedreiro fica assim pensando

Assim pensando o tempo passa e a gente vai ficando prá trás

Esperando, esperando, esperando, esperando o sol esperando o trem, esperando aumento desde o ano passado para o mês que vem

Pedro pedreiro penseiro esperando o trem

Manhã parece, carece de esperar também

Para o bem de quem tem bem de quem não tem vintém

Pedro pedreiro espera o carnaval

E a sorte grande do bilhete pela federal todo mês

Esperando, esperando, esperando, esperando o sol

Esperando o trem, esperando aumento para o mês que vem

Esperando a festa, esperando a sorte

E a mulher de Pedro, esperando um filho prá esperar também

Pedro pedreiro penseiro esperando o trem

Manhã parece, carece de esperar também

Para o bem de quem tem bem de quem não tem vintém

Pedro pedreiro tá esperando a morte

Ou esperando o dia de voltar pro Norte

Pedro não sabe mas talvez no fundo espere alguma coisa mais linda que o mundo

Maior do que o mar, mas prá que sonhar se dá o desespero de esperar demais

Pedro pedreiro quer voltar atrás, quer ser pedreiro pobre e nada mais, sem ficar

Esperando, esperando, esperando, esperando o sol

Esperando o trem, esperando aumento para o mês que vem

Esperando um filho prá esperar também

Esperando a festa, esperando a sorte, esperando a morte, esperando o Norte

Esperando o dia de esperar ninguém, esperando enfim, nada mais além

Da esperança aflita, bendita, infinita do apito de um trem

Pedro pedreiro pedreiro esperando

Pedro pedreiro pedreiro esperando

Pedro pedreiro pedreiro esperando o trem

Que já vem...

Que já vem

Que já vem

Que já vem




















segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Texto 2° Ano - Aulas 01 e 02

Sociologia - 2° Ano do Ensino Médio - Texto 01 Temas 3° Bimestre: O conceito de trabalho


Aula 01: “O trabalho” Aula 02: “O trabalho nas diferentes sociedades”

O trabalho: satisfazendo as necessidades humanas.

Desde quando somos crianças, é comum as pessoas nos perguntarem qual a profissão que iremos escolher para trabalhar, e nunca passa pela nossa cabeça a idéia de que não vamos trabalhar em nenhuma atividade. Porque isso acontece? O motivo de não questionarmos a idéia de que teremos de trabalhar um dia é por conta de que o trabalho acaba sendo uma atividade fundamental para a existência humana. Todo tem de comer, vestir e morar, então a escolha de uma profissão é algo obrigatório para nós!

Ocorre que o modo como entendemos o trabalho hoje em dia tem haver com o nosso modo de vida, e ele nem sempre foi assim. Também é importante nos perguntarmos o que é o trabalho? Para que ele serve?Quem inventou o trabalho?

Inicialmente podemos dizer que o trabalho existe para satisfazer as necessidades humanas, desde as mais simples, como alimento, até as mais complexas, como lazer, crença e fantasia. Karl Marx, um sociólogo alemão, afirmava que para satisfazer suas necessidades, o ser humano se apropriava da natureza, transformando a, e na medida em que ele ia satisfazendo suas necessidades, ele ia se relacionando com outros homens e criava outras necessidades. No entanto para isso acontecer é necessário que ocorra o processo de trabalho, que é feito da união de quatro elementos: o ser humano, o conhecimento, a natureza (matéria-prima) e os instrumentos.

É importante sabermos que existiram, e ainda existem vários modos de satisfazer as necessidades humanas, dependendo da forma como os homens se organizam.

O trabalho nas sociedades tribais segue certo padrão, apesar de possuírem diferenças entre si, que é o compartilhamento de todas as atividades relacionadas a obtenção do que as pessoas necessitam (caça, coleta, agricultura) e se relacionam com todas as esferas da vida social. A organização dessas atividades é feita com base na divisão de tarefas por sexo e idade. Apesar de olharmos para essas sociedades com certo preconceito, por elas parecerem atrasadas, isso é errado, pois elas conseguem satisfazer suas necessidades, além do que eles têm muito mais tempo para se dedicar a outras atividades.

No mundo Greco-Romano, ou seja, sociedade antiga havia outra compreensão do trabalho. Para eles era importante distinguir o trabalho braçal ligado a terra (labor), o trabalho manual do artesão (poiesis) e o trabalho dos cidadãos que discutiam a vida pública (práxis). Em geral essas sociedades tinham a escravidão como um suporte para a vida social.

Na sociedade feudal a terra era o principal meio de produção e as relações sociais se travavam em torno dela, mas havia outras atividades. Havia um sistema de deveres e obrigações que favorecia a ocorrência da servidão, em que os servos tinham direito ao usufruto e ocupação das terras. Na concepção feudal, influenciada pela Igreja Cristã o trabalho era visto como uma maldição, e só podia existir na quantidade necessária para a sobrevivência.

Por fim, na sociedade moderna, que surge com o fim do período feudal e o surgimento do capitalismo, o trabalho sofre mudanças. Foi preciso convencer as pessoas de que o trabalho era bom, então se dizia que todos se beneficiariam dele. Assim, as instituições sociais se destacaram como a igreja, o estado e a escola.

Percebem como as coisas nem sempre são tão simples como parecem? Estevão Armada

Referências: TOMAZI, NELSON. Sociologia para o ensino médio. Saraiva: São Paulo, 2010.

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Compreendendo um pouco sobre a situação social de Londres

Caríssimos alunos encontrei um vídeo muito interessante sobre a situação de "distúrbios" ocorridas na periferia de Londres e que se estendeu para a Inglaterra. O link do vídeo está no blog do poeta Sérgio Vaz, conhecido por vocês. O vídeo mostra uma entrevista de um para um programa de televisão e aborda muitas das questões discutidas em sala de aula.
Grande abraço. Professor Estevão Armada

Não deixem de ver!

http://www.youtube.com/watch?v=6Fgdpww5DpI&feature=youtu.be

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

1° Ano do Ensino Médio - Texto de apoio das aulas 01 e 02 do 3° Bimestre

Sociologia           Texto 01
Temas 3° Bimestre: Relações e interações sociais / A construção social da identidade


Aula 01: “Será que está bom?” Aula 03: “Onde está seu RG?”

Minhas ações e minha identidade: como a sociologia explica isso.

Vocês já aprenderam sobre o processo de socialização em que as pessoas aprendem o modo de vida de uma sociedade. As crianças, os novos membros, enfim, todos nós passamos por esse processo de aprendizado, em que conseguimos nos perceber no mundo e apreendermos sobre as relações sociais e coisas ao nosso redor.

Agora outro assunto importante para entendermos nosso comportamento são as formas de relação social e interação que temos no dia a dia, no interior dos grupos sociais. Primeiramente temos de saber que as relações e interações sociais podem ser definidas como o processo pelo qual agimos e reagimos em relação a outras pessoas.

Desde o acordar, até o dormir temos contato com outras pessoas e no decorrer do dia possuímos várias estratégias para nos relacionar com elas. Algumas delas são conscientes e outras não, sendo que fazemos quase sem pensar. Por exemplo, quando você está com seus colegas, não há problemas em falar um palavrão, ou sacanear o outro, mas já no ambiente familiar ou de trabalho essas ações não seriam bem vistas. Outro exemplo é quando você vai sair para a balada e se preocupa com o visual no espelho. Esses exemplos mostram como somos preocupados com o que os outros pensam ao nosso respeito, e isso faz parte das relações entre os seres humanos. Isso acontece porque o significado de nossas ações é algo importante das relações e interações sociais e porque queremos fazer parte dos grupos e que os outros nos aceitem.

É importante perceber que dependendo da situação em que nos encontramos, a imagem social que desejamos transmitir pode variar. A sociologia explica isso por conta do status social que é a posição de uma pessoa na sociedade. Esse status pode ser atribuído, por exemplo, nascer no Brasil, ou pode ser adquirido, como o título de melhor jogador de futebol, através de muito treino. Para todos os status temos um papel, que é o desempenho que se espera de alguém de acordo com seu status. A presidente Dilma não pode fazer um top less na praia, por conta do papel a ser desempenhado pelo seu status.

Agora que sabemos mais sobre a motivação de nossas ações, por meio de nossos diferentes papéis, é interessante notarmos que a constituição de nossa identidade é um processo que sofre influência da sociedade. A identidade diz respeito ao modo como entendemos quem somos e o que é importante para nós. A identidade é resultado de uma construção social. Apesar de sofrermos a influência da sociedade, também podemos atribuir um sentido pessoal a nossa identidade. Temos que lembras que existem várias fontes para construção de nossa identidade, por exemplo, a sexualidade, o gênero masculino/feminino e a classe social.

A sociologia identifica dois tipos de identidade. A primeira delas é a identidade social, que é aquela em que temos características atribuídas por outros, e tem um aspecto de ser coletiva, indicando nossa posição no grupo. O segundo tipo de identidade é auto identidade, que tem um sentido único, que se origina de nossas ações e escolhas individuais.

Esses assuntos parecem ser bem fáceis, mas é através dos conhecimentos sociológicos que podemos estranhar as situações conhecidas e interpretá-las com um método de análise, aprofundando nossa compreensão sobre esses fatos.

Vamos começar pensar no motivo de termos certas ações?                    Estevão Armada

Referências: GUIZZO, João. Introdução à sociologia. Companhia editora nacional: São Paulo, 2009.